Gestão de conflitos

  1. Evitar discussões, interpretações e conversas críticas

Uma regra simples para evitar isto é perguntar a si mesmo: Se essa pessoa estivesse presente, diria a mesma coisa virtualmente?

  1. Reconhecimento das emoções e disponibilidade

O essencial neste aspeto, é respeitar e cuidar de nós mesmos, passar alguns minutos a acalmar os sentimentos, assumindo a responsabilidade por eles e, consequentemente, agir com base num “porquê” em que abordamos as nossas necessidades e opiniões de forma assertiva.

  1. Respeitar o tempo – a reciprocidade não é uma obrigação

O envio de comunicações online durante as horas de descanso deve ser considerado como se estivéssemos a fazer uma chamada ou reunião num momento inapropriado. O respeito aos limites horários é essencial no uso da tecnologia.

  1. Interações cara-a-cara

É altamente desejável manter interações sociais “cara-a-cara”: desligue o dispositivo quando for possível.

  1. Tipo de mensagens (com conteúdo emocional)

Se nos encontramos numa situação em que temos de defender assertivamente uma ideia/pessoa/questão, recomendamos atenção personalizada com uma chamada de voz ou uma mensagem de texto na qual expressamos a necessidade de “falar” pessoalmente e pelos meios apropriados. Isto é para evitar mal-entendidos relacionados com mensagens de texto..

As redes sociais permitem comunicar e manter relações para além da presença.

No entanto, algumas interações são problemáticas e às vezes resultam em discussões reais.

O nosso pensamento, como aponta Daniel Kahneman, segue em duas direções: há o pensamento instintivo, irracional e hiper-emocional, e há o pensamento mais pensativo e reflexivo.

Nas redes sociais, as emoções do momento e a velocidade prevalecem. Não se tem a oportunidade de pensar – a solução seria parar e refletir de forma a não responder instintivamente, mas ponderar as ações de comunicação de acordo com o “Primeiro Ponderar, Depois Postar”.

O convite é para usar o pensamento lento, que distingue, compara, verifica e não se deixa desviar no momento. Como Austin (1975) nos sugere, a comunicação deve transformar-se num espaço educativo, de relacionamento não conflituoso. Os utilizadores da rede sentem um desejo de conformidade que os leva a adaptar-se ao que os outros dizem para evitar situações conflituosas, muitas vezes dando a nossa aprovação sem aprofundarmos os seguidores só de conteúdo.

Se o conflito irromper online, como limitá-lo?

Recomendamos o uso de escrita assertiva, adaptada ao leitor, ao objetivo de comunicação e ao contexto.

É também muito importante ler novamente o que escreveu, dedicar tempo para refletir e encontrar maneiras de enfrentar pessoalmente.

Ensinar Interação online e colaboração

A fim de ensinar os alunos a interagir e colaborar eficazmente num ambiente online, é importante replicar e analisar os comportamentos online na aula, para mostrar como a agressividade e a comunicação hostil podem afetar os sentimentos e o bem-estar mental de outras pessoas.

Todas aquelas técnicas de ensino que favorecem o trabalho em equipa e a empatia são, portanto, particularmente eficazes para ajudar os alunos a adquirir as competências abordadas neste módulo.

Aqui está uma lista de técnicas e ferramentas digitais que podem ser úteis quando quiser abordar estes tópicos:

Técnicas de ensino:

  • Brainstorming
  • Jigsaw
  • Interpretação de papéis e desempenho de papéis
  • Aprendizagem e avaliação por pares

Ferramentas digitais:

  • Padlet
  • Miro
  • Jamboard (Google Suite for Education)
  • Google Doc (para edição colaborativa)